Funchal

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A Mudança no Funchal

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Unidade & Coesão

Nós não podemos estar sempre a sublinhar o que nos divide enquanto membros de uma mesma sociedade, mas sim, chamar à atenção a nossa identidade comum. Como madeirenses, enfrentamos problemas similares. Seja qual for a nossa perspectiva política ou partidária, temos de lidar com familiares em dificuldade, com a pobreza e com o desemprego, com danos realizados ao nosso património ambiental autóctone. Antes de procurar distinguir os madeirenses bons dos maus, devemos esforçar-nos por entender que somos um mesmo povo, unidos na miséria e na riqueza, na bonança ou na tempestade. Há muitos mais elementos comuns que nos obrigam a cooperar, do que elementos antagónicos que nos levam a competir. 

(Um brilhante discurso de Barack Obama que reforça esta ideia. Apesar de todas as divergências, devemos estar coesos e unidos em pontos cruciais.)



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Recursos + Recursos

Os madeirenses desligaram-se do seu ambiente e ecologia. Vivemos em duas ilhas magnificas que oferecem-nos uma variedade pródiga de condições e recursos que fazemos questão de ignorar. O conceito de "cidade sustentável" parece ser algo inovador e sofisticado, mas é possível colocar a questão: será quem em 2013 o Funchal é mais sustentável do que há cem anos atrás, isto é, em 1913? 

Os nossos solos e clima serviram como fonte de sustento e riqueza durante décadas, basta dizer que nos destacamos no vinho e na cana de açúcar. Hoje, que bens alimentares somos capazes de produzir? Uma ideia que seria muito benéfica para o emprego e criação de riqueza, seria o aproveitamento dos nossos solos para minorar as importações destes produtos. Como seria isto possível? Criando condições para a agricultura ser uma fonte de rendimento das famílias, facilitando a produção agro-pecuária no longo prazo, inibindo certos condicionantes nefastos no seu comércio. Vejo imensos terrenos preenchidos de ervas daninhas. Porque não, o governo regional ou as autarquias, promoverem parcerias entre os proprietários destes e empresários que queiram criar riqueza na fruticultura, horticultura ou floricultura? Porque não isentar fiscalmente a produção regional de bens alimentares? Porque não solicitar que as grandes superfícies tenham quotas mínimas de produtos produzidos localmente? 

Estou a avançar algumas possibilidades para produzir mudança no sector agrícola. São hipóteses, não imposições. Há, porém, mais sectores que poderíamos ter um cuidado acrescido, por forma, ser possível criar mais riqueza. A imagem na parte inferior deste texto trata-se de um bem criado por uma empresa regional - Gonna. A região já produziu bordado ou cestos de vimes, qual será a razão de não termos incentivos em apostar em bens produzidos localmente? Porque será possível importar produtos "tradicionais" da China? 

Quando vejo as nossas florestas a arder questiono-me porque razão não usamos aquela madeira que está a reduzir-se a cinzas para produzirmos bens como cadeiras, mesas ou pavimentos? Há países, como a Nova Zelândia, um país com bons índices de desenvolvimento e regras para garantir a protecção ambiental, que fazem uso da sua ecologia de forma sustentável para exportar lã. Não teremos potencial para fazer algo similar? 

Por fim, a nossa arquitectura tradicional não fez uso da geologia característica do nosso arquipélago? Um aproveitamento mais racional dos recursos que temos não reduziria as nossas importações energéticas? Criar cidades-dormitório será uma boa opção energética? Facilitar a construção civil, dando aval para mais obras, negligenciando o património que já temos, será racional? Os nossos solos podem produzir mais riqueza noutras áreas que não a construção desregrada de novas habitações que poucos, convenhamos, podem comprar. 

Ambiciono ver a nossa região criando riqueza, será possível produzir esta ignorando o nosso território? Creio que as autarquias, a começar pela do Funchal, teriam um papel muito relevante nesta mudança de paradigma. Esperemos que haja uma salutar transição política que possibilite este passo. 

MADEGG - GONNA



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Levantar Voo (Figurado)



Paulo Cafôfo deu um salto simbólico e sobrevoou o Funchal, num registo informal deu-nos uma mensagem relevante: precisamos de ver os nossos problemas urbanos como um todo, ver a cidade como um organismo vivo, em que todas as partes estão unidas e integradas. 

Pode ser uma oportunidade para muitos de nós levantarmos voo num sentido figurado, ver as coisas numa outra perspectiva, considerando o bem-estar de todos. Levantar voo pode significar abandonar antiquadas turras, obsoletos pontos de vista, posições arcaicas e anacrónicas para os desafios contemporâneos que temos de enfrentar. É importante incluir objectividade e assertividade nas nossas perspectivas políticas e ter coragem para imprimir nos nossos actos novas atitudes que resultem em efectiva mudança. 

A sua coragem é importante para voltarmos a colocar os nossos pés num chão mais seguro, estável e próspero. Paulo Cafôfo deu o exemplo: tem coragem para fazer o mesmo?




Simplicidade objectiva e concreta


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A "Mudança" está nas suas mãos

Olhe por si, a Mudança está a ganhar substância! A essência da cidadania é imparável. Do trabalho e experiência, aprendeu o Homem a ciência: a equipa da "Mudança" tem trabalhado afincadamente para produzir valor para a cidade, conciliando a feitura do programa autárquico com o convívio com os cidadãos. 

As ideias ganham forma, e muitas delas já poderiam ter sido implementadas. Esta observação foi feita por pessoas que há muito querem contribuir para mudar o Funchal, mas as resistências foram, infelizmente, muitas. A conclusão é evidente: é preciso um novo elenco e uma nova equipa para governar a cidade, que torne o progresso e desenvolvimento da mesma como uma prioridade absoluta. O compromisso da coligação é de integrar e incluir. Todas as ideias são bem-vindas e este projecto autárquico é de todos para todos. 

Deixo aqui alguns conceitos que julgo primordiais: Plano Social para a Cidade; Fundo de Investimento Cultural; Marca Comércio Tradicional. 

São somente três ideias, mas podem produzir uma grande diferença na justiça social, dinamismo e crescimento económico deste anfiteatro urbano.