Entrelaçados nas lides políticas, somos levados a esquecer a literatura. O tempo é exíguo, a concentração consome muitas energias, ficamos, assim, com a ilusão que não há tempo para ler, nem que seja um pequeno trecho.
Quero que esta campanha seja focada na cidade do Funchal, e uma das formas como consigo preservar a minha dedicação e esforço, é através da literatura.
A melhor maneira, ao meu alcance, de conciliar estas duas forças, é trazer a lume trechos literários que aludem a nossa cidade.
Começo com Tomas Tranströmer, com um trecho do seu poema Funchal.
«Embrenhamo-nos na multidão, somos empurrados amigavelmente, suaves controlos, todos falam, fervorosos, na língua estranha. “ um homem não é uma ilha.“ Por meio deles fortalecemo-nos, mas também por meio de nós mesmos. Por meio daquilo que existe em nós e que os outros não conseguem ver. Aquela coisa que só se consegue encontrar a ela própria. O paradoxo interior, a flor da garagem, a válvula contra a boa escuridão.Uma bebida que borbulha nos copos vazios. Um altifalante que propaga o silêncio.
Um atalho que, por detrás de cada passo, cresce e cresce. Um livro que só no escuro se consegue ler.»
(Traducão do sueco para alemão por Hans Grössel)
(Traducão do alemão para português por Luís Costa.)
Fonte: Citador.
Sem comentários:
Enviar um comentário