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A Mudança no Funchal

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Câmara do Funchal: O poder da Quinta Vigia não pode ser absoluto



Não é novidade nenhuma que devemos de alterar o regime, mas a questão impõem-se: qual regime? Digamos a verdade sem subtilezas, a democracia na região é perversa. O poder na nossa região nasce da confiança depositada no inquilino da Quinta Vigia. A autonomia criou uma espécie de turbina deturpada, facultando meios à Presidência do Governo Regional, de prosseguir os seus fins sem ouvir ninguém. E quem se atrever a não ser um "yes man", é despachado como um "good bye man".

A Câmara Municipal do Funchal, apesar de todas a limitações inerentes, constitui uma frente de resistência a este poder absoluto emanado da Quinta Vigia. Se há coisa que os candidatos à Câmara Municipal do Funchal deveriam saber, é que são obrigados manter algum distanciamento em relação ao Dr. Alberto João Jardim, tanto mais não seja, para não serem mais uma peça secundária do xadrez político, incapazes até de serem líderes do seu próprio executivo camarário.



O Dr. Bruno Pereira, segundo consta, é uma excelente pessoa e está munido de competências úteis à Câmara Municipal do Funchal. Porém, tendo em conta todo o processo que o levou a ser candidato, mais parece uma oliveira rodeada de eucaliptos, e todos nós sabemos que uma árvore não faz a floresta. A política está impregnada de "novelas", mas esta é particularmente insidiosa, pois põem causa a liberdade e independência de pessoas que fazem parte do próprio PSD, pondo os militantes deste partido uns contra os outros. O Dr. Bruno Pereira deveria ter compreendido que "amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro", e o Dr. Alberto João Jardim nunca foi propriamente um grande amigo seu.

Os partidos precisam de coesão, mas esta não pode ser forçada. O Dr. Bruno Pereira cedeu em toda a linha e, não há duvidas, mesmo dentro das hostes sociais-democratas, que esta cedência comprometeu a capacidade do candidato em bater o pé aos abusos oriundos da Quinta Vigia.

O poder da Quinta Vigia não pode ser absoluto, mas a sua influência já começa a manifestar-se e ainda mal começou a campanha. Se isto continua assim, temos uma Câmara do Funchal como um anexo subalterno da Quinta Vigia. O regime só vai agudizar a sua força se o Dr. Bruno Pereira chegar ao poder. Estou certo, que muitos sociais-democratas do Funchal não querem, de forma alguma, este desfecho.


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