Funchal

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A Mudança no Funchal

domingo, 2 de junho de 2013

Na Senda da Mudança: Duarte Caldeira Ferreira



Duarte Caldeira Ferreira, reside em São Martinho e escolheu a palavra «esplendor» para descrever o seu encanto pela cidade do Funchal. A escolha é, todavia, prudente. Quando confrontado com os pontos do questionário, Duarte Caldeira Ferreira, suscita a lembrança que esta eleição autárquica, mais que um batalha pelo poder na estrutura camarária, será uma forma de disputar a primazia pelo futuro da nossa cidade.


Sem alimentar a intransigência ou o radicalismo, é preciso "cortar com o passado". Não será necessário exaltar velhas revoltas, o processo político alicerça-se na confiança e compromisso, dois pilares da cultura democrática. Somos livres de pensar de forma independente e autónoma, longe de tudo e todos os que permanecem no intuito de manipular as nossas opiniões. Encaramos a liberdade como um direito, mas esta conduz a múltiplos deveres, e um destes, é o princípio de sermos agentes activos da cidadania. Não deixemos os vários "vícios" da política regional interferir nisto.





Primeira Questão:



Todos sabemos a definição do dicionário para «Mudança». No entanto, uma palavra pode ser vivida das mais variadas formas. Assim, pode dizer qual é o significado de «Mudança», no seu universo pessoal? E, a partir deste significado, pode explicar como este motiva a sua acção num projecto para a cidade do Funchal?


Mudança é essencialmente cortar com o passado. 
Não quero com isso dizer que o corte terá de ser radical. É necessário saber distinguir o que de bem feito existe, e mudar o que está errado. É necessário uma nova visão, para que deixemos os vícios de longa data para podermos seguir em frente, com estratégia planeamento e conhecimento. É um passo necessário e urgente para a cidade.
 

Segunda Questão:


Falamos de "Mudança", vamos agora para a Confiança, Cidadania e Compromisso. Como estes três "cês" afectam a sua vida activa, nos mais diversos âmbitos: pessoal, profissional, social ou político?


Confiança e compromisso estão muito ligados um ao outro. Para haver confiança tem de haver compromisso. Cidadania é um dever. Falamos muito dos nossos direitos e raramente falamos dos nossos deveres. Esse é um dos deveres que cada vez acho mais imprescindível ao ser humano, para que criemos uma sociedade melhor. E para vivermos em sociedade temos de seguir estes três “cês”. Temos de transmitir confiança, temos de honrar os nossos compromissos e temos de dar o nosso melhor em prol da sociedade.

Terceira Questão:

Fala-nos um pouco da perspectiva sobre cidade do Funchal?


O Funchal sofre de um grave problema de estratégia a longo prazo. Não basta pôr os serviços a funcionar, não basta gerir. Há que ter visão.
É necessário voltar a colocar o Funchal nos grandes roteiros mundiais do turismo. Esse é o nosso grande motor. Com esse motor a funcionar a economia fluirá, será gerado emprego e será criada riqueza.
É necessário olhar para o nosso património. Não podemos ter uma cidade claramente turística, em que temos as igrejas e museus fechados quando está repleta de turistas.
A Cultura praticamente não existe. Além de alguns concertos de verão no parque de Santa Catarina, pouco mais é feito. Temos um teatro municipal lindíssimo que passa o ano quase todo fechado e das poucas vezes que abre é para cerimónias no seu hall. É preciso fazer protocolos com o conservatório de música, os funchalenses e os nossos visitantes agradecerão. Temos de criar oficinas de artes e criar um museu que traga ao Funchal exposições
Temos de olhar para o comércio tradicional como fundamental à baixa da cidade. Uma cidade com montras fechadas, não será atractiva, será uma cidade moribunda, que não deixa boas recordações. É fundamental acabar com os licenciamentos de grandes superfícies e trazer o cosmopolitismo à “esquina do mundo” que era falada nos quatro cantos do mundo.
Temos de olhar pelos cidadãos. Temos de criar condições para que as pessoas fiquem na cidade, para que venham viver para o centro, para que façam as suas compras no comércio tradicional. Temos de criar condições dignas de habitabilidade.






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