Funchal

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A Mudança no Funchal

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A dialéctica da Mudança: Tese, Antítese e Síntese

A dialéctica da Mudança: o projecto liderado por Paulo Cafôfo baseia-se num modelo de cidadania que junta diversos partidos com o propósito concreto de ser alternativa ao eterno domínio social-democrata na região. O projecto é apoiado por diversos cidadãos, não excluindo pessoas que no passado elegeram a social-democracia versão jardinista. Pelo que tenho visto, a mobilização da mudança é extensa, abrangente, socialmente transversal. Agrega professores, funcionários públicos, profissionais liberais, empresários, trabalhadores por conta de outrem, pessoas que merecem emprego e não o encontram, estudantes, idosos e jovens. Não tenho visto figuras ligadas à Mudança a olhar para o passado, mas já notei que todos os que aderiram a esta candidatura pretendem oferecer esperança aos madeirenses. 

A tese que a Madeira só pode ser liderada à PSD parece estar a colidir com a necessidade de um novo rumo. É verdade que os partidos que compõem a coligação pertencem à oposição, mas é inegável que  mobilizar seis partidos, revela uma vontade inquebrantável de escapar ao papel de oposição, seja este de critica ou de protesto. O fim desta candidatura é governar, isto requer ir além do modelo binário "eles ou nós", a única coisa que o PSD parece saber apregoar. Um novo caminho para a região implica quebrar a barreira artificial que separa o poder de tudo o resto. O poder na região precisa de uma nova razão, uma inovadora génese. 

A governação deve assentar na responsabilidade, exige ouvir e esclarecer. A boa goveração precisa de reunir consensos, capitalizar talento, vive da inclusão daqueles que acreditam na democracia e numa acção política salutar. Não podemos estar em permanente guerrilha política, a eterna dicotomia do "eles" ou do "nós" assenta na premissa errada que não pode haver diálogo entre pessoas de diferentes partidos. Sei, que a Mudança está disposta a sanar velhas feridas e retomar um clima de normalidade democrática. Um pouco como diria Zeca Afonso "é bem-vindo quem vier por bem". Esta mensagem é universal, ainda não compreendi porque nunca chegou à região. A Mudança é uma plataforma de cidadania, os partidos são os pilares da candidatura, mas o seu foco é a cidadania. Qualquer social-democrata deve reconhecer que precisamos de algo de inovador no plano político, ir além das quezílias ocas com as instituições; o bem da Madeira depende de novas realidades embarcarem na Câmara do Funchal. Mais do que uma "Madeira Nova", precisamos de uma Madeira Moderna, Contemporânea e Cosmopolita. 

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