Este artigo é revelador: Armador espanhol quis retomar ferry Portimão-Funchal mas burocracia impediu
Eu sei que o tema "Naviera Armas" não é directamente uma competência da câmara.
Mas é inegável que o assunto interessa aos munícipes do Funchal, não excluindo, todos os restantes residentes da região.
O artigo aponta a burocracia como o entrave à permanência do armador espanhol. É um eufemismo apelidar esta "barreira" como burocracia. Este obstáculo foi, e continua a ser, prejudicial para a região e cidade do Funchal.
Eu pergunto: os responsáveis da câmara, conhecendo os benefícios do operador Naviera Armas para o Funchal - e região -, não se manifestaram publicamente em desfavor destas "burocracias", porque razão? Não estará, a responsabilidade de defender os interesses da cidade do Funchal, dentro do seu âmbito de acção política?
Quero lembrar que o silêncio é também uma forma de conivência. Não creio ser legitimo um político responsável ser cúmplice destes atritos que afectam os bem-estar dos cidadãos. Um político pode sempre usar o espaço público para mobilizar a sociedade.
Os responsáveis da câmara, a meu ver, tinham mecanismos para intervir, podiam ter chamado a atenção para o problema e, finalmente, tinham a influência para mobilizar a sociedade.
Digo isto, no pressuposto - parece-me transparente -, que o operador espanhol trazia valor para a cidade do Funchal. Responsabilidade implica intervir. Em suma, não podemos compactuar com estes silêncios irresponsáveis. Cidadania é não deixar que "burocracias" tomem conta das nossas vidas. Acredite que a Mudança pode trazer uma renovada forma de cidadania.
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